Li o desabafo do vice-prefeito Leandro Junquilho nas redes sociais sobre a queda de arrecadação do município. Sabemos que a arrecadação neste período não vem em crescente mas, nada que possa inviabilizar uma gestão comprometida em fazer mais com menos. O que vejo é falta de economicidade – análise de custo benefício desde o início do governo quando se gastou o dinheiro público ao invés de investir no que de fato é prioridade. Acho que no ápice da vaidade nenhum gestor imaginava que iria encontrar pelo meio do caminho uma pandemia. Todavia, Deus sabe o que faz para conter a ignorância e vaidade humana. O fato é que o governo atropelou as demandas reprimidas da população e priorizou megas eventos regados com o dinheiro público sem se preocupar com as prioridades do povo deixando tudo para a última hora,como faz os velhos e tradicionais políticos, no intuito de engabelar a população principalmente a parte que mais sofre com a vulnerabilidade social. O governo “Honestidade para Governar” chega na metade do último ano de governo sem grandes coisas, perdeu a oportunidade de fazer gestão, priorizou um projeto de poder pelo poder sem pensar no bem-estar da população. Dai, só restou ao vice-prefeito Léo jogar a culpa na pandemia. Não sejamos ignorantes, a pandemia tem quatro meses, e o governo já era perdulário desde o início, inclusive com contas rejeitadas pelo TCM/BA de forma irrevogável. Nunca é demais lembrar: o vice-prefeito Jorjão enfrentou sem apoio financeiro da União dez meses de seca 2015/2016 e ainda tinha o surto da dengue, zica e chikungunya. Mas, deixemos esse assunto para um outro momento e vamos aos detalhes da arrecadação e comparativos referente ao ano passado e este ano. Conforme informações do Demostrativo de Distribuição de Arrecadação, no mês de maio de 2019, o município de Itajuipe arrecadou R$ 3.763.546,04 milhões, sendo que, deste valor, teve um desconto de R$ 776.451,42. Já no mesmo mês referente este ano o município arrecadou R$ 3.065,861,01 milhões, com desconto de R$ 637.326,50. Em comparação ao ano de 2019/2020, em 15 dias do mês de junho, o município arrecadou R$1.455.454,87 com desconto de R$ 362.461,63. No mesmo período de junho 2020, o município arrecadou 1.894.674,72 com desconto de R$ 204.369,63. Feito essa explanação, que tem como fonte o site oficial do Banco do Brasil, fica fácil perceber que a queda da arrecadação, mesmo diante dessa situação pandemica, não seria suficiente para inviabilizar os serviços essenciais e deixar de pagar em dia por um motivo muito simples: o Governo Federal repassou em abril, maio e junho como apoio financeiro ao município R$ 1.071.803,07, e mais R$ 282.298,85 fundos a fundo saúde para custeio com o COVID-19. Por fim, dinheiro ainda não tem sido problema, o problema mesmo é a gestão do dinheiro público.
Por: Erê