Essa semana que se inicia será decisiva para os pretensos candidatos a cargos eletivos. Dia 2 de abril, seis meses antes do pleito, começa, de fato, o calendário eleitoral. Isso quer dizer que todos os pretensos candidatos devem estar filiados nos seus respectivos partidos. Termina a janela partidária para troca de partidos; para alguns, renúncia de cargo no Executivo, como foi o caso do prefeito de Itajuípe e presidente da Amurc (Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia), Marcone Amaral (PSD), que vai disputar uma das 63 cadeiras na Assembleia Legislativa da Bahia. Conforme os ajustes da lei eleitoral, o tabuleiro da política está sendo formado paralelamente às etapas e os ajustes dos partidos para formação das chapas majoritárias ou proporcionais. Na Bahia, a chapa do governo já está praticamente definida, faltando anunciar só o vice-governador para o pré-candidato Jerônimo Rodrigues (PT), o que deve acontecer em ato com a presença do presidente Lula dia 31, em Salvador. Já na oposição, ACM Neto (UB) também não anunciou seu vice-governador, embora o dissidente governista Marcelo Nilo (ainda sem partido) sonha com a vaga. O grande problema é que Nilo não tem perfil de vice, principalmente para uma chapa “neocarlista”, por conta do seu estilo arrogante e não tem dinheiro e nem voto. Quiçá, será o maior derrotado nesta eleição que só está começando. A deputada e presidente do PSB na Bahia Lídice da Mata terá pela frente um grande desafio – tinha esperança na federação partidária, o que não aconteceu; agora, terá que reorganizar o partido em todo o estado para conseguir votos o suficiente para alcançar o quociente eleitoral e se reeleger além de eleger também deputados estaduais. No que concerne ao PSB, na região metropolitana, para a veterana e atuante política (que já foi vereadora, deputada estadual, primeira e única senadora da Bahia e prefeita de Salvador, deputada Federal e Constituinte), não vai ser muito difícil. Mas, já no sul da Bahia, em Itabuna, a julgar pela falta de gestão partidária e unidade dentro da legenda, se a deputada que é presidente estadual do partido não intervir no maior colégio eleitoral da região cacaueira no intuito de alinhar a sigla entorno de um projeto político que iniba interesses escusos, corre o risco de não ter sequer a metade da votação de 2018.

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