Para o cientista político André César, da Hold Assessoria, há muitas diferenças entre o momento de 100 dias antes das eleições de 2018 e agora, em 2022. Há quatro anos, o ex-presidente Lula estava preso, mas ainda se discutia na Justiça se ele poderia ser candidato ou não. Pouco tempo depois ele ficou inelegível e Fernando Haddad assumiu o posto de cabeça de chapa. “O elemento que era debatido em 2018 era a corrupção. Neste ano, a economia volta a ser um tema central, que é algo que sempre foi utilizado em outras campanhas. A diferença é que vivemos uma situação mais dramática, que é pior para o presidente Bolsonaro, que tenta a reeleição”, afirma. Mais da metade dos eleitores dizem que o principal problema do país hoje é o desemprego e a inflação, de acordo com a pesquisa EXAME/IDEIA. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de junho, considerada a prévia da inflação do mês, ficou em 0,69%, no dado divulgado na sexta, 24/06, pelo IBGE. Em 12 meses a alta acumulada é de 12,04%. Um dos produtos que mais subiu foi o diesel, que teve uma alta de 2,83% no IPCA-15 de junho/2022. Há poucos dias o ex-presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, renunciou ao cargo, logo depois de anunciar um novo reajuste dos combustíveis, 14% no diesel e de 5% na gasolina, algo que impacta diretamente na inflação.

Por: Rozilton Ribeiro

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